Olá desenvolvedores, em “Portugol: introdução ao pseudocódigo”, quando introduzimos os conceitos de Portugol, abordamos rapidamente um pouco do que é a ferramenta VISUALG em sua versão 3.0 e suas principais características. O Visualg “é um programa que permite editar, interpretar e que também executa algoritmos em português estruturado”, conforme a definição do site oficial da ferramenta.

VÍDEO AULA – VISUALG: CONHECENDO A FERRAMENTA.

Com esta ferramenta que é de fácil aprendizagem, o aluno que está iniciando sua jornada em programação pode exercitar e aprimorar seus conhecimentos de lógica de programação escrevendo seus pseudocódigos em português estruturado. E o mais interessante, neste momento não há que se preocupar com a sintaxe do Java.

Porém, não vá se animando muito, embora não seja necessário se preocupar com a sintaxe do Java, existe sim, uma sintaxe própria e uma estrutura algorítmica que precisa ser obedecida. Essa estrutura compreende um processo que tem [início >> meio >> fim], tal como um programa de computador.

VISUALG: COLOCANDO A MÃO NA MASSA

O Visualg é uma ferramenta de distribuição gratuita, de alto nível, que não apenas cria, edita e interpreta algoritmos escritos em Portugol, como tem a possibilidade de exportar o algoritmo criado para um código similar em Pascal. Ele possui uma curva de aprendizagem baixa, o que é ótimo para quem está dando seus primeiros passos.

Então vamos começar pelo download do VISUALG 3.0 que pode ser feito no site Visualg ou no Sourceforge. Infelizmente, o Visualg é uma ferramenta voltada para o ambiente Windows. Assim sendo, para você que é usuário do Linux há dois caminhos, usar o Visualg por meio dos emuladores Wine ou PlayOnLinux ou usar o Portugol Studio direto no Linux.

O Visualg não possui instalador. Após baixar o arquivo descompacte-o em seu diretório C:/, abra a pasta e execute o arquivo (.exe). A tela em tom madeira que irá abrir é o tema padrão, que aliás é personalizável.

Se você deseja mudar o tema, no menu vá em [Manutenção >> Configurações], e na aba [Editor >> Peles] escolha a que mais lhe agrada.

As opções incluem: Água, Alumínio, Metal, Madeira, Padrão (nenhum) e Plástico. Conheça abaixo cada um dos temas, visualizá-los pode ajudá-lo em sua escolha.

Agora chega de perfumaria e vamos direto para o ambiente de programação para entendermos mais sobre essa poderosa ferramenta. O VISUALG é composto de 7 partes dispostas na barra de menu, padrão na maioria das aplicações, são elas, Arquivos, Editar, Exibir, Pseudocódigo, Exportar, Configuração e Ajuda.

Se você quiser conhecer cada item da ferramenta, dentro da pasta descompactada existe um arquivo em (.pdf) “Menu do Visualg atualizado”, que detalha cada item do software. Nesta mesma pasta existe um outro arquivo (.txt) com a relação de todos os comandos, ou ainda você pode baixar o manual no site do próprio Visualg.

A LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO DO VISUALG 3.0

Linguagem de programação? Mas você não disse que não seria necessário se preocupar com a sintaxe de linguagem de programação? Você deve estar se perguntando agora. E é verdade, assim como também é verdade que falamos que existe uma estrutura algorítmica que precisa ser obedecida, bem como uma sintaxe própria.

Nas palavras de um dos seus criadores o professor Antonio Manso, o motivo da sintaxe própria é, “alguma formalidade não só é necessária como útil, para criar um sentido de disciplina na elaboração do “código fonte”.

Quanto a estrutura do algoritmo, o formato básico de um pseudocódigo no Visualg é o seguinte:

Por questões óbvias não há como cobrirmos todo o manual, mas é fundamental que você dedique um tempo para ler sobre a linguagem do Visualg. Este manual pode ser acessado por meio das teclas de atalho [CTRL + H] ou acessando o menu [Help (Ajuda) >> A linguagem do Visualg], ou ainda no link citado acima.

Na medida em que vamos praticando por meio de exemplos, será abordado o que for necessário a resolução do exercício proposto, mas é recomendado que você não ignore nossa sugestão de ler sobre a linguagem da ferramenta.

ÁREAS DE TRABALHO DO VISUALG

Observe que a tela do Visualg exibe três áreas: (1) Área dos algoritmos, (2) Área das variáveis de memória e (3) Área de visualização dos resultados.

Neste momento vamos nos concentrar na Área dos algoritmos que exibe em seu corpo uma estrutura pronta, um modelo a ser seguido de código-fonte.

Esta estrutura exibe alguns comentários precedidos por duas barras (//). Estes comentários podem ser apagados sem prejuízo a execução do código, visto que, justamente por serem comentários, condição indicada pelas barras que os precedem, eles não são executados.

Apague todo o comentário entre (// Professor … // Data atual …). A primeira linha é composta pela palavra-chave Algoritmo seguida do nome do algoritmo delimitado por aspas duplas. Este nome será usado como título nas janelas de leitura de dados.

A seção seguinte é a das variáveis, responsáveis pela entrada dos dados, sabemos que toda variável por definição é um espaço alocado na memória, mas elas também carregam um valor que é usado para processar um sistema de software.

E finalmente a seção início, responsável pelo processamento dos comandos, procedimento, funções, operadores, cálculos e outros. A tarefa a ser executada pelo pseudocódigo será realizada dentro do bloco início e se encerrará antes da palavra reservada que determina o fim do algoritmo.

A última linha, “fimalgoritmo” marca o final do pseudocódigo: todo texto existente a partir dela é ignorado pelo interpretador.

TIPOS DE DADOS E VARIÁVEIS

O Visualg prevê quatro tipos de dados: inteiro, real, cadeia de caracteres e lógico (ou booleano). As palavras-chave que os definem são as seguintes (observe que elas não têm acentuação).

 var
anoAtual: inteiro
salario: real
nome: caractere
ativo: logico

Da forma como as variáveis foram declaradas acima, a entrada dos dados será feita pelo usuário, por meio do teclado, porém, se necessário os valores das variáveis podem ser declarados antecipadamente, tal como acontece na “programação real”.

COMANDO DE ATRIBUIÇÃO

Os códigos escritos em português estruturado apresentam certas peculiaridades, como por exemplo, o comando de atribuição é representado pelo operador (<-), veja o exemplo do cálculo da média de um dado aluno.

   nomeAluno <- "Alex Java"
mediaNota <- (9 + 2 +7 + 4) / 4

OPERADORES

Assim como na programação real o Portugol possui operadores aritméticos, operadores relacionais, operadores lógicos e operador de concatenação. E todos eles carregam o mesmo sentido dos operadores aprendidos em qualquer linguagem de programação. 

Da mesma forma possui comandos de entrada de dados, leitura dos mesmos e saída. Estruturas de seleção e de repetição, abaixo, conheça alguns.

  • ESCREVA (<LISTA-DE-EXPRESSÕES>): As expressões dentro desta lista devem estar separadas por vírgulas; depois de serem avaliadas, seus resultados são impressos na ordem indicada.
  • ESCREVAL (<LISTA-DE-EXPRESSÕES>): Idem ao anterior, com a diferença que pula uma linha em seguida. É equivalente ao writeln do Pascal ou println do Java.
  • LEIA (<LISTA-DE-VARIÁVEIS>) Recebe valores digitados pelos usuários, atribuindo-os às variáveis cujos nomes estão em <lista-de-variáveis> (é respeitada a ordem especificada nesta lista).

EM POUCAS PALAVRAS

Como você pode observar, a estrutura do Visualg se assemelha muito com a estrutura das IDEs mais avançadas, no sentido de permitir que tenhamos uma visão geral do que nos espera adiante.

É possível constatar também o esforço por trás dos desenvolvedores da ferramenta em se aproximar o máximo possível das estruturas reais.

Agora é a sua parte, leia o manual, crie exercícios que reflitam alguma situação do seu dia a dia, busque na internet, enfim, evolua, se torne um autodidata e se empenhe em aprimorar sua lógica de programação, você ficará agradecido no futuro. Fique atento aos próximos tutorias onde vamos exercitar um pouco do que aprendemos.

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