Olá desenvolvedores, continuando a falar sobre pseudocódigo e algoritmo continuaremos a implementar melhorias em nosso código. Lembrando que nosso objetivo é evoluir passo a passo, sem pular etapas, sem pressa, mas com solidez. É como dizem: “Não tenha medo de andar devagar, tenha medo de ficar parado“.

VÍDEO AULA – PSEUDOCÓDIGO E ALGORITMO.

No tutorial “anterior”, começamos a implementar o nosso primeiro algoritmo utilizando pseudocódigo. Neste programa que traz uma sintaxe e estruturas comuns a toda linguagem, bem como suas próprias peculiaridades. falamos sobre como lidar com erros em programação e sobre a importância de construir uma mentalidade de programador.

Enfim, criamos, executamos, e conversamos sobre o que é ser um programador, a partir da mentalidade que você precisa desenvolver. Agora, na sequência da nossa série, onde, escrevendo pseudocódigo implementamos nosso primeiro algoritmo, vamos adicionar novas funcionalidades ao exercício proposto, relembre.

Escreva um pseudocódigo que leia a média final de um aluno e retorne se o aluno está aprovado ou reprovado. A média final para aprovação deve ser maior ou igual a 70. ENTRADA: A variável de entrada receberá um valor do tipo inteiro, mediaFinal.

Em nossa solução já inicializávamos a variável mediaFinal com o valor desejado, vamos agora aprender como fazer para que o usuário do sistema entre com esse valor.

PSEUDOCÓDIGO: ENTRADA DE DADOS E LEITURA

A entrada de dados, neste caso, refere-se aos dados que são inseridos no sistema por meio do teclado. Em suma, é disso que um sistema de software é feito, de entrada de dados e tomadas de decisão.

Assim, o primeiro passo será solicitar ao usuário que entre com o valor da média final do aluno. O valor digitado, isto é, o dado de entrada será armazenado na variável mediaFinal.

Vamos abrir um parêntese, você ainda é capaz de me dizer o que é uma variável? Se você lembrou, parabéns, continue se dedicando. Para aqueles que não lembraram, variável é um espaço reservado na memória, para alocar, representar ou referenciar um valor ou expressão.

A elas são atribuídos nomes (mediaFinal), qual chamamos de identificadores. Elas só “existem” durante o tempo de execução do programa.

Agora que estamos todos na mesma página, vamos então solicitar ao usuário que entre com a média. O valor digitado por ele, será lido e armazenado na variável mediaFinal.

Como a variável mediaFinal não terá mais um valor fixo, ou seja, já inicializado por nós, não precisaremos mais da linha: [mediaFinal <- 70], vamos deletá-la e escrever o código abaixo.

Observe que ao executar nosso algoritmo, agora o cursor fica piscando no console aguardando que o usuário entrar com valor. Vamos entrar com um valor qualquer e ver o que acontece.

Simulamos que o valor de entrada digitado pelo usuário foi 55, assim o nosso algoritmo, após processar e informação, informou que o aluno está “REPROVADO”.

Um fato interessante é que se você confirmar a ação (pressionar o enter), sem que a nota tenha sido informada, o programa também retornará “REPROVADO”, visto que o interpretador entenderá que nenhuma nota é também uma condição de reprovação.

CALCULANDO A MÉDIA DAS NOTAS COM PSEUDOCÓDIGO

Como podemos proceder se desejarmos informar mais de uma nota, e então, calcular a média. Ora, anteriormente já entrávamos com a média final, mas e agora? A fim de atribuir maior interatividade ao sistema, vamos pedir ao usuário que entre com o valor de quatro notas respectivamente.

Além disso, após a inserção das quatro notas vamos calcular e imprimir no console se o aluno está “APROVADO” ou “REPROVADO”. Para isso, temos então que declarar quatro variáveis, que receberão cada uma, a sua respectiva nota. Veja o exemplo.

O passo seguinte é solicitar que o usário entre com as notas, para isso, escreveremos a mensagem quatro vezes na tela.

Agora precisamos somar as quatro notas, dividi-las por quatro pra obtermos a média. Este cálculo, ou melhor, o resultado deste cálculo será atribuído a variável mediaFinal.

Ao mandarmos executar o nosso algoritmo, a tela de aviso informando um erro de atribuição de valores será exibido, veja:

CORRIGINDO ERRO DE TIPAGEM

Entenda o erro, declaramos todas as variáveis como sendo do “tipo inteiro”, porém, a soma das quatro notas divididas por quatro, resulta em número do “tipo real”. O que isso significa?

Números inteiros são números tanto positivos quanto negativos, porém, não fracionados. Acresce que em programação, um número fracionado é um chamado de ponto flutuante ou tipo real.

Isso quer dizer que ponto flutuante se refere aqueles que recebem apenas um subconjunto de números pertencentes aos números racionais. Em outras palavras, são números que podem ser representados na forma de fração ou decimal.

Assim quando entramos com os valores (15 + 30 + 45 + 60) / 4 o resultado dessa expressão (37.5) é um número do “tipo real”, que não pode ser atribuído a uma variável do tipo inteiro. Os tipos de dados devem ser consistentes com os valores que as variáveis irão receber. 

Para resolver, precisaremos apenas declarar a variável mediaFinal como sendo do tipo real. E como é bastante comum a atribuição de notas fracionadas, estas também poderiam ser do tipo real.

CONCATENAÇÃO DE VALORES

É possível imprimirmos no console uma frase concatenada com uma variável, o que devemos fazer antes de tudo é usar o “ESCREVAL” no lugar de “ESCREVA”. Dessa forma, será necessário inserir uma vírgula após as aspas, por fim informamos a variável, que retornará o valor.

No exemplo abaixo, decidimos inserir uma informação logo após o cálculo da média e antes de informar se o aluno está “APROVADO” ou “REPROVADO”.

O nosso algoritmo continua sendo o mesmo, nós apenas o aprimoramos. E ainda há mais melhorias para serem feitas. É um algoritmo simples, por meio do qual praticamos estruturas de seleção, operadores de atribuição, variáveis e seus tipos..

E agora você pode praticar à vontade, brincar com o algoritmo, desenvolver seus próprios algoritmos, torná-lo ainda mais amigável. Minha sugestão é que você peça ao usuário para entrar também com o nome do aluno, e o imprima junto com o resultado da média.

CONDIÇÕES ANINHADAS EM ALGORITMOS

Em nossos estudos anteriores, havia a opção do aluno “em recuperação”, então nada mais óbvio do que implementarmos esta condição aqui, a partir de estruturas de seleção aninhadas.

Se mediaFinal for maior que 50, indica que o aluno não foi reprovado e já será uma condição para entrar no (“if”), assim teremos, se mediaFinal for maior ou igual a 50 e maior ou igual a 70 o aluno está “APROVADO”, condição esta que entra no segundo (“if”).

Mas “senão” significa que a mediaFinal, embora maior que 50, é menor do que 70, neste caso, ele não entra no segundo (“if”), pulando direto para o “senão”, e o aluno está “EM RECUPERAÇÃO”.

Não sendo satisfeita nenhuma das condições acima, o aluno, com nota inferior a 50 está “REPROVADO”.

A organização / estrutura do algoritmo é muito importante. Aninhar os if’s de forma correta contribui para uma melhor visualização.

Além do mais, em casos de manutenção, um código organizado permitirá identificar com clareza a estrutura de “aninhamento” do código. Outro ponto, fique atento também para o fim do (if) o (fimse).

EM POUCAS PALAVRAS

Em síntese, para cada condição podemos ter outras condições tanto verdadeiras quanto falsas. Desse modo, dentro de cada condição falsa, podemos inserir outras condições também verdadeiras ou falsas. E assim, de acordo com as regras de negócios e necessidades um programa de computador pode ter dezenas de estruturas de seleção.

Hoje, além das condições aninhadas aprendemos a ler dados do teclado inseridos por um usuário. Aprendemos também a variáveis e recordamos o conceito de variável. Enfim, juntos escrevemos seu primeiro algoritmo.

Espero que tenha gostado. E se você está começando agora, pratique com pseudocódigo e exercite sua lógica de programação. Solidificando assim, a base do conhecimento que vai impulsionar sua carreira de programador. Motive-se e vá para o próximo nível.

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